quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A realidade da educação à distância

A educação à distância, os conhecidos EADs,  tem se tornado uma ferramenta fundamental para quem deseja ampliar seus conhecimentos mais não tem tempo para fazer um curso presencial. Segundo site Estadão - a EAD, que praticamente inexistia dez anos atrás, já responde pelo percentual de 14,6% do total das matrículas nos cursos de graduação. De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2010.

E com esse novo cenário proporcianado pelo mercado os EADs derrubaram o esteriótipo de ensino de baixa qualidade. De acordo com o "Censo EAD.BR – Relatório Analítico da Aprendizagem a Distância no Brasil 2012",  os graduados em EAD tiveram, em média, 6,7 pontos a mais no resultado final do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), na comparação com os resultados dos alunos oriundos dos cursos presenciais.
No nosso estado, por exemplo, Universidade Federal do Ceará (UFC) oferece nove cursos de graduação a distância, desses, dois bacharelados e sete licenciaturas. São 6.400 alunos ativos e uma média de duas mil vagas. Mas há também cursos de especialização, pós-graduação e dois MBA´s corporativos. Os alunos da UFC têm à disposição infraestrutura dos polos de apoio presencial, segundo matéria do jornal Diário do Nordeste.

O fato é que em um país continental como o Brasil essa ferramenta é um grande auxiliador na geração de conhecimentos, contudo em matéria ao diario do nordeste, que segue abaixo, o mestre em Educação, Marco Aurélio de Patrício Ribeiro aponta alguma falhas nessa modalidade de ensino.

SEM INOVAÇÃO

Especialistas em educação apontam falhas no EaD
Para o mestre em Educação, Marco Aurélio de Patrício Ribeiro, o ensino a distância não vai bem no Brasil. "O índice de evasão é altíssimo, chegando a 70%", argumenta. Além disso, o professor ressalta que o currículo é pré-estabelecido, e não inovador. "O EaD não inova só porque usa tecnologia. A modalidade não criou novas formas de aprender. O aluno não participa da escolha do conteúdo", opina.

Outro problema apontado por Ribeiro é que 70% dos cursos ofertados são em licenciatura. "Com isso, a formação fica voltada para professor. E os bacharelados, que são mais procurados, não são oferecidos?", questiona. Ele acrescenta que, para que os cursos funcionem bem, o aluno precisa ter autonomia, ser autodidata e ter espírito de pesquisa capaz de investigar, o que nem sempre acontece, daí o altíssimo índice de desistência. Para o especialista, o ensino a distância precisa ser repensado, mas tem a possibilidade de evoluir para algo bem-sucedido. "A ressalva que faço é que o EaD elimina o professor do processo. Precisamos de conteúdos menos decorativos e com mais reflexão", explica.

O coordenador do Laboratório de Pesquisa Multimeios da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC), Hermínio Borges Neto, endossa as palavras de Ribeiro. Para ele, o ensino a distância tem as mesmas falhas do telensino implantado em 1974 no Ceará: a utilização do conteúdo tradicional e a abolição da figura do professor, que é substituído pelo orientador de aprendizagem. Segundo o coordenador, falta metodologia e a incorporação dos cursos à tecnologia. "O material usado é puramente analógico. Não se procura agregar vídeos, nem softwares e nem imagens". Fora isso, ele pontua que não são levantadas questões novas. Mas o coordenador destaca que o EaD tem como evoluir. "Temos exemplos que deram certo".

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1053734           http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,educacao-a-distancia-uma-nova-realidade,880620,0.htm

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